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Polishop entra com pedido de recuperação judicial
Com uma dívida de R$ 395 milhões, a empresa vinha enfrentando desafios desde o início da pandemia. Pelo menos 50 processos de despejo foram registrados contra a rede desde o ano passado.
A empresa de varejo, com uma dívida acumulada de R$ 395 milhões, estava tentando renegociar seus compromissos com os credores, mas já enfrentava obstáculos, ainda devido aos impactos da pandemia de Covid-19.
Desde o ano passado, várias de suas lojas começaram a enfrentar processos de despejo de shoppings devido à falta de pagamento — somente entre 2022 e 2024, pelo menos 50 ações de despejo foram movidas contra a rede varejista.
Motivo do pedido de recuperação judicial
Em primeiro lugar, a empresa vinha enfrentando dificuldades desde o início da pandemia, quando, devido à queda nas receitas, mais da metade de suas lojas físicas foi fechada e cerca de 2 mil funcionários foram dispensados.
Em abril, a Polishop anunciou um plano de reestruturação que envolvia a introdução de um modelo de franquia para a marca, com a meta de abrir mais de 300 franquias até 2028.
Declaração realizada pelo Fundador da Polishop
“Nos últimos anos, o aumento da taxa básica de juros e a escassez de crédito, especialmente para o setor varejista, resultaram em custos financeiros elevados, contribuindo para o aumento do endividamento das famílias. Além disso, o aumento dos custos de ocupação dos shoppings, indexados ao IGP-M [Índice Geral de Preços – Mercado],… pressionou ainda mais os custos operacionais”, declarou o presidente e fundador da Polishop, João Appolinário, em comunicado na época.
No entanto, a Polishop foi contatada, mas informou que só fará declarações após a homologação do pedido de recuperação judicial pela Justiça.
Barreira de entrada para pequenos e médios lojistas
Para pequenos e médios lojistas, a situação da Polishop pode representar algumas oportunidades e benefícios em termos de barreiras de entrada no mercado:
Espaço Disponível em Shoppings
Com o fechamento de algumas lojas da Polishop, pode haver disponibilidade de espaços comerciais em shoppings, o que poderia permitir que pequenos e médios lojistas conseguissem locais privilegiados para suas operações a preços potencialmente mais acessíveis.
A redução da presença da Polishop nos shoppings pode significar uma menor demanda por espaço comercial, o que poderia levar os administradores de shopping centers a serem mais flexíveis nas negociações de aluguéis e outras condições para atrair novos lojistas.
Menor Concorrência Direta
Com o fechamento de algumas lojas da Polishop, os pequenos e médios lojistas poderiam enfrentar menos concorrência direta em determinados segmentos de produtos, permitindo-lhes atrair mais clientes para suas próprias lojas.
Se a Polishop enfrentar dificuldades para reabastecer seus estoques ou oferecer uma variedade limitada de produtos, os consumidores podem estar mais abertos a experimentar produtos de lojas menores, proporcionando assim uma oportunidade para esses lojistas conquistarem novos clientes.
Atração de Clientes Descontentes
Clientes insatisfeitos com o fechamento das lojas da Polishop ou com a diminuição da variedade de produtos disponíveis podem buscar alternativas em pequenos e médios lojistas, aumentando assim o potencial de aumento das vendas para esses estabelecimentos.
No entanto, é importante notar que a entrada no mercado de varejo físico também apresenta desafios significativos, incluindo custos operacionais, concorrência com grandes varejistas e a necessidade de construir uma base de clientes sólida.
Conclusão
Os benefícios mencionados acima podem representar oportunidades para os pequenos e médios lojistas, mas é fundamental que eles avaliem cuidadosamente os riscos e desenvolvam estratégias sólidas para alcançar o sucesso no mercado.